Antes de mais nada, se apresente Guilherme.
Guilherme Stecanella, tenho 21 anos e sou um cara muito chato pra quem conhece. Amo tudo relacionado a criatividade e criação, e gosto de pensar sobre como as coisas são além da minha perspectiva.
Quando e como começou seu amor pela fotografia?
Em 2011. Como hobbie, eu pegava uma compacta Olympus e tirava algumas fotos de coisas variadas. Eu ainda não fazia ideia de que existia algo além do botão de disparo e os ajustes do menu, e sequer entendia o que era abertura (nem conhecia essa palavra no contexto fotográfico), mas de certa forma eu já tinha começado a amar isso, e algumas pessoas que eram próximas a mim na época chegaram até a dizer que eu deveria ser fotógrafo, mas eu negava achando isso um absurdo.
Você costuma sempre fazer boas fotos de lugares que você passa. O olhar influencia muito na boa fotografia? Como isso funciona na prática?
Influencia, bastante. Na prática, você leva um bom tempo para aprender a técnica, e mesmo depois de dominar a "arte de desenhar com a luz", você ainda precisa desenvolver o olhar fotográfico, mas as boas fotografias vão além dessas regras. Inclusive, essa é a área que eu estou tentando me desenvolver agora, pois é algo em que eu me cobro muito por não fazer tão bom quanto eu queria.
Sabemos que você divide seu tempo com estudo e profissão. Como é a rotina do Guilherme?
Cara, estudar fotografia é algo complicado quando se está trabalhando com fotografia. O trabalho anda consumindo praticamente todo meu tempo, e como não existe um curso bacharel em fotografia no Brasil, eu preciso estudar por conta própria... o que dificulta ainda mais, já que eu não tenho um bom histórico de dedicação em estudo. (hahaha)
O que gosta de fazer nas horas vagas?
Sair com as pessoas que eu amo e acho incríveis. Sem dúvida nenhuma, apenas estar na companhia delas já me deixa feliz.
O relacionamento entre cultura e cristianismo tem dado de forma bem positiva no Brasil. Sendo cristão, como você enxerga isso?
Eu penso que este relacionamento está se dando de forma fácil, mas não positiva. Nossa cultura é um misto de lugares que foram altamente religiosos na época da colonização. A primeira coisa realizada nas terras Tupiniquins após a chegada dos Portugueses foi uma missa. Então é muito fácil o Cristianismo e a nossa Cultura caminharem juntos pois nossa cultura já é majoritariamente Cristã. O problema real é a libertinagem religiosa dentro da cultura, mas sobre este assunto eu teria que escrever vários parágrafos (risos).
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Joy.me Fotografia |
A pergunta que sempre fazemos aos nossos entrevistados: o que não pode faltar em sua playlist?
Switchfoot, Resgate, Flyleaf, Kutless, TernoeSaia, SoNatural e Starfield. Eu sempre digo que essas são as "bandas da minha vida", ou seja, aquelas que quando eu tiver netos, irei ensiná-los a ouvi-las.
Você divulgou recentemente uma parceria fotográfica com uma amiga. Como nasceu e como funciona?
Eu conheci a Joy (Joyce Malaguti) no Congresso Nacional TeenStreet Brasil em 2014, através de uma grande amiga minha. Um mês depois, em Fevereiro, chamei ela e outras amigas do congresso para ir no Acampamento de Carnaval da região onde eu cresci, e lá em alguns momentos nós fotografamos juntos. Em Março, ela me chamou para ajudá-la a fazer uma sessão fotográfica de mães e filhos, e na época eu estava fotografando a pouco tempo, apenas para auxiliar de outros fotógrafos, e nem sequer gostava de fotografar pessoas (o que eu queria mesmo era fotografar locais e cenários, onde as pessoas eram os objetos secundários). Esta sessão mudou a minha vida, e vendo o amor entre as pessoas que eu fotografava, eu fiquei maravilhado com a ideia de que eu poderia fotografar algo além da imagem, além dos elementos e das técnicas... eu poderia fotografar o amor das pessoas e a alegria daquele momento! Assim, depois de algumas conversas eu reparei que sempre que outras pessoas me auxiliavam a fotografar, eu precisava ficar falando para a pessoa o que fazer, onde ir, avisava pra não ficar na frente, ajudava a fazer o clique certo, na hora certa e ficava lembrando de técnicas; mas não com a Joy. Percebi que ela nasceu com isso, a técnica está no sangue dela, eu não preciso falar pra ela o que fazer, como fazer, nem lembrar de algum enquadramento ou iluminação certa, tudo simplesmente flui quando fotografamos juntos e nós dois gostamos do resultado. Foi assim que surgiu a ideia de chamá-la para que nosso trabalho, junto ou separado, tivesse um mesmo nome. Nossa visão sobre a fotografia é muito parecida, nosso trabalho e paixão por ele são inexplicáveis, e eu admiro muito como ela faz esse trabalho, muitas vezes de forma que eu penso não conseguir fazer da mesma forma. Chamamos a parceria de Joy.me, contendo o início do nome dela e o final do meu, e deixando um contexto com duas palavras monossílabas em inglês, Joy (alegria), e me (mim, referindo a si mesmo). Lá colocamos nossos trabalhos individuais e também os mútuos, pois atuamos em cidades diferentes e com agendas separadas, mas atualmente a Joy está afastada por ocupações pessoais relacionadas aos estudos. De qualquer forma, Joy.me só existe com a Joy e assim que ela puder voltar com certeza irá trazer a alegria junto com ela. (Risos)
Guilherme, obrigado pela simpatia em nos ceder essa entrevista. Deixe uma mensagem aos nossos leitores e o seu contato pra trabalhos. O D&CB agradece!
Agradeço a todos que estão lendo por ceder o tempo que é tão precioso para ver um pouco de quem sou (ou tento ser). Se quiserem ver mais do que eu faço, a melhor maneira é através da page do facebook com as fotos minhas e da minha sócia: https://www.facebook.com/JoyMeFotografia?fref=ts
Gostei da entrevista, bem bacana mesmo!
ResponderExcluirE concordo quando ele diz que "o problema real é a libertinagem religiosa dentro da cultura" interessante :)
http://heyimwiththeband.blogspot.com/
Fotos super lindas *-*
ResponderExcluirMuito bacana sua entrevista...
www.chaeamor.com