segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Análise: CD "Riot!" - Paramore

Continuando a vibe da discografia do Paramore, analiso o tão honrado e simplista "Riot!" (Revolta) que há muito tempo vem me soando agradavelmente pesado! "Pesado" não só no instrumental, mas também, em todo sentimento expresso nas letras.
   Nem tão explosivo e lento demais. "Riot!" é um exemplo de disco feito na medida ideal. A mescla das músicas que compõe o álbum, foram pensadas de acordo com a proposta  ideal dos integrantes: mostrar com clareza os seus sentimentos. Acredito que a base de composição da banda prevalece como autobiográfica. For A Pessimist, I'm Pretty Optimistic abre o disco com uma pegada "pra cima!', já mostrando a energia que o álbum carrega. That's What You Get vem logo em seguida continuando o peso prometido em "Riot!". É uma das primeiras canções da banda, a qual eles tocam até hoje. Destaque para os riffs de guitarra e boa execução do Josh Farro e Taylor York nos vocais. E se no "All We Know Is Falling" tinha "My Heart" como forma de louvar á Deus, no Riot! temos a simplista "Hallelujah". E sinceramente, é comum você ouvir canções que carreguem o título de "Aleluia", mas que certamente terá um clichêzinho gospel. Mas o Paramore provou que não precisa fazer parte da indústria gospel para ser cristão, basta ser sincero como a Hayley "grita" no refrão:

"Desta vez nós não vamos desistir
Vamos fazer isso durar para sempre
Gritando... Aleluia
Nós vamos fazer isso durar para sempre"

Capa do "Riot!"


 
  
    Continuando a explosão de sentimentos, temos Misery Business. Com uma letra bem forte, que de longe me parece uma rivalidade entre duas garotas por um garoto. Não lembro bem, mas parece que a vocalista Hayley Willians teve umas desilusões amorosas um pouco antes da fase de produção do Riot! , e como o disco envolve os mais sinceros sentimentos da banda, vale bem registrar esse momento. When It Rains e Let the Flames Begin são as primeiras duas baladas do álbum. A última é para mim uma das mais profundas. Aqui, mais uma vez o Paramore dá um show de sinceridade em termo de fé, e me conquista mais ainda. Uma única observação pessimista nessa música, é que a guitarra soou muito como "mais do mesmo" dos rock's norte-americanos. E por falar em fé, aparece Miracle dizendo:
 
 
"Não é fé se você
Se você usar seus olhos
Você irá mentir
Nós vamos nos acertar desta vez"
 

 
   Sinceramente, rotular Paramore como gospel, é jogar os sentimentos da banda fora e a chamando de mentirosa, pois há muita verdade em suas letras, coisas que falta em muitas letras ditas como gospel - o que é meio contraditório. Crushcruushcrush é uma canção 90% pop. Principalmente quando a Hayley diz: Crush... crush... crush... crush! crush! , mas não deixa de ser uma boa canção. Durante todo o disco, é estabelecido - creio que sem pretensões - uma sonoridade linear, e digo que até pela pouca idade da banda, os grandes solos e peso sonoro tenha ficado para outro projeto.
   We Are Broken mostra um lado lírico da banda. Fences volta a lembrar o pop de Crushcruushcrush , single do álbum. E lembrando as primeiras faixas e provando que "Riot!" é pesado do seu jeito, temos Born for This fechando o segundo CD de inéditas da banda E teve também a faixa Decoy na versão Deluxe, que sem "mimimi", é a melhor canção dessa fase "Riotiana". Em termo de letra, Hayley e Josh deram um show! Acredito que conseguiram transmitir, mesmo que de uma forma particular, todas suas emoções adolescentes.
 
  • Letras: 9,0
  • Produção: 9,0
  • Projeto Gráfico: 8,5
  • Interpretação: 9,5

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