segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Talvez eu não precise mesmo te entender

Uma parada é só uma parada. O universo sabe disso. E talvez eu não precise discutir com o mundo todo que acha que sou bipolar ou os que dizem que meu cabelo é feio. Mas é como diz o Emicida: "Feio pra quem?" e quem sabe eu já não troquei os temas, os tremas. Sendo tão ruim de matemática como eu, não duvido muito da minha irracionalidade ter multiplicado as dúvidas pelas certezas. Repito: uma parada é só uma parada. E o caro leitor já está fadigado de tanto ler pontos de continuação nesse texto, mas é como digo: são apenas paradas.
   "Não fiz nada, você que é muito chato!" Essa frase é muito clichê - permito você assistir antigos programas da Hebe e pegar mais frases de efeito. Quem foi que disse que eu preciso te entender? Os ultra-românticos contemporâneos dizem que o amor não se explica. Mas eu te pergunto: o que é o amor meu caro? Um tal de Roupa Nova já definia que "todo amor é infinito". Será? Pra quem? Então me explica porque o mestre Renato Russo disse que "o pra sempre sempre acaba"? Ah, então o amor é subjetivo né? Tá, mas pra quem? As escrituras dizem que o amor é a base do evangelho, e o amor de Cristo, que é incondicional. Talvez eu seja mesmo chato. Mas o que isso tem a ver com a Hebe e que tem a ver com algum cego sentimental? Nada! E esse "nadas" são muito perigosos: "amor o que você tem?" - "Nada. Não tenho nada!" Na verdade ela tem tudo, tudo que você não quer saber. A mente complexa das mulheres são subjetivas. Eu precisava entende-la, mas se isso fosse recíproco. "Ah, agora é muito fácil colocar a culpa em mim depois que tudo terminou". Será que é? Fácil pra quem?

"Na verdade o milésimo virou um e meio"
   E é como já dizia o grande Rodrigo Amarante: "pra nós dois sair de casa já é se aventurar". E talvez eu não precise mesmo te entender porque todo o nosso  belo discurso é feio. É como um amigo meu diz: "...pessoas de beleza feia". E mais uma vez entra aquele discurso batido das paradas. E foi em uma dessas paradas que o ônibus costuma fazer que observei uma garota com os olhos vermelhos, provavelmente, de chorar. Sem contar que antes dessa temível viajem, bati de frente com a moça que eu não precisava entender. Calça vermelha, cabeça erguida e focada. Ficamos a mais ou menos 5 centímetros de distância. Ah, mas tão ruim de matemática como eu, talvez tenha usado o 5 só pra combinar com "5 Graus de Miopia". Não trocamos nenhuma palavra, nem mesmo olhares. Eu bem que quis olhar pra ela, mas o Passenger (enquanto edito ouço City and Colour) que tocava em meus ouvidos me disse que "somos nada além de solitários, você sabe, é por isso que estamos aqui". Claro que só vi a tradução da música depois. Ruim de inglês como sou, talvez tenha prestado atenção só nos três últimos acordes do violão.
   "Quando terminamos eu fui atrás de você e você não quis, agora que te esqueci você aparece!?" Cara, você não me esqueceu! Isso é perceptível em cada "a" que você digitou e me enviou. Talvez eu não precise mesmo te entender, sabe por que? Porque o utópico virou cor rosa, que só as teens entendem, e só entendem se comprarem uma Capricho ou Todateen. Na verdade o milésimo virou um e meio. E é como eu disse, ruim de matemática, inglês e Platão, é bem capaz que tudo isso que eu falei esteja emocionalmente errado!

2 comentários:

  1. Gosto muito dos seus textos...Me deixa horrivelmente apaixonada <3 Me faz senti saudades...

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    1. A intenção é essa! Hehe. Sinal de que estou fazendo um bom trabalho!

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