domingo, 14 de junho de 2015

O enigma de quem esqueceu de esquecer

Sabe o que acontece?

O coração costuma negar toda a vaidade que o outro tem. Eu quero dizer que, para nós, os erros dos outros são erros e os nossos erros são vaidades. Faz sentido? Bom, não sei. Eu venero meus pensamentos sobre tudo que vivi nos últimos três anos. Foram três anos de aprendizado constante e quebração de cara. Sei lá, eu aprendi muito mais errando e sofrendo do que escrevendo coisas que eu sentia. É complicado, eu sei. Ela, que quase nem toca no assunto, costuma sorrir em praça pública e em terminais nada agradáveis. Vale reforçar que eu nem ligo. Não me importo se o passado já passou e o presente não tem nada de momentâneo para mim. Me interessa muito mais os temas dos blogs que ela ler e as novelas juvenis que ela costuma assistir. E eu bem sei que todo Kevin Arnold tem sua Winnie Cooper que merece, mas eu... Bom, eu... Não sei se isso é regra! E se for eu sou a exceção.
"Convidar alguns amigos para tomar um bom vinho
e ouvir as antigas músicas que nos alegram"


Quando ligo os pontos que nos separaram percebo que eles nunca estiveram corretamente ligados. Se eles não se ligam mais é porque nunca se encaixaram ou por ironia, algum desses pontos se perdeu. Ok, pode ser isso: crescemos! A ingenuidade, o ponto que nos ligou, foi radicalmente rompido e despedaçado por um sujeito chamado tempo. E nem é minha intenção deixar esse texto poético. Mas infelizmente isso acontece e eu me perco entre as músicas que ouço por aqui. A exemplo da música do Los Hermanos que diz “o vento vai dizer / Lento o que virá / E se chover demais / A gente vai saber / Claro de um trovão / Se alguém depois / Sorrir em paz / Só de encontrar” -  Pergunte ao Amarante o que isso quer dizer – E entre outras músicas que me traduzem a noite na volta pra casa. Os carros em alta velocidade e as pessoas com a autoestima elevada são alguns indícios de que eu não sei lidar com esse tal de sentimento chamado paixão. Será que paixão é sentimento? Não sei, só sei que isso é sem graça e sem sentido. Faz sentido?

Enquanto isso, em algum lugar dessa pequenina cidade, ela proseia com as amigas sobre seus novos planos de mulher: academia, homens com dinheiro, cursinho e quem sabe, uma faculdade. Enquanto isso eu continuo vendo os seriados que me agradam – não o que os meus amigos gostam e nem o que todo mundo ver, mas os que eu gosto – e analisando qual será próximo passo dessa vida refutada de solteiro. Escondo os meus sinceros sentimentos para não dá a impressão de que sou emotivo demais. Imagina alguém me dizendo que eu preciso de um psicólogo? Não seria frustrante? Para você não, é claro. Mas o Vanguart traduz bem o que quero dizer: “nessa cidade / tem uma rua / que eu não ouso mais passar”. Eu não ouso mais passar nem perto da rua dela. Não faz sentido né? Faz? Eu lembro de uma noite bem divertida em que assistíamos televisão e ela me perguntou: “amor, você nunca vai me trair né?” Qual o idiota que diria que iria trair? Mas nunca a trai. Assim como a banda Fresno eu também jurei que não iria mais falar de mim”, mas eu sou imperfeito. Os recônditos desse texto dirá exatamente o que você já sabe: eis só mais um texto!


Conclusão: em meados de tempo nenhum, eu ainda procuro os pontos que se romperam afim de eliminá-los completamente desse caos chamado mundo. Convidar alguns amigos para tomar um bom vinho e ouvir as antigas músicas que nos alegram. Cantar mais uma vez o epitáfio desse lamento de quem esqueceu que precisava esquecer.

Los Hermanos - O Vento

Vanguart - Nessa Cidade

Fresno - O Relato de um homem de bom coração

2 comentários:

  1. Um texto interessante e repleto de verdades. Achei uma excelente reflexão.
    O que falar dessa música O Vento? Amo demais!

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